Uma leitura da comuna de paris por marx, engels e bakunin.
O primeiro governo operário da História, podemos dizer assim, nasce das entranhas da “Cidade Luz” em 18 de março de 1871. Resultado da resistência popular diante à eminente invasão germânica à França. Mesmo esse governo permanecendo apenas por 72 dias o que se aprendeu com a Comuna foram lições jamais esquecidas pela história da humanidade. O legado de heroísmo reluz ainda até hoje. Do dia 18 de março ao dia 28 de maio de 1871 os operários franceses dirigiram a cidade de Paris e tiveram a ousadia de tomar medidas políticas que, seguramente, continuam servindo de exemplo e desafio ao movimento socialista mundial. A tomada do poder, no entanto, foi um ato de defesa de um povo, que ameaçado pelo governo burguês, resistiu e venceu. Essa experiência bastante breve constituiu a principal base de discussão política do marxismo. A população francesa tem uma história de participação nas decisões e nas mudanças no país. Durante todo o século XIX houve insurreições populares contra uma tentativa de restauração da monarquia. Todavia, o movimento popular era bastante heterogêneo que além de operários englobava a pequena burguesia, republicanos e a Guarda Nacional, que em função da exigência estrangeira, havia substituído o exército. A insatisfação popular era devido, principalmente, dos sofrimentos decorrentes da guerra contra a Prússia, o desemprego dos trabalhadores e a falência de pequenos comerciantes, a ansiedade por um novo regime e a composição reacionária da Assembléia Nacional. Diante a resistência popular o governo foi transferido de Paris para Versalhes e exigiu o desarmamento da Guarda Nacional sob o pretexto que ela pertencia ao Estado. A difamação da Guarda Nacional e dos operários era constante. O desarmamento da Guarda Nacional foi o primeiro passo para a conspiração e derrubada da república, já que ela era formada, em sua maioria, por proletários. Com a oposição popular ao desarmamento, pois