Eu poderia contar a você lindas histórias de amor, repletas de juras eternas, de momentos mágicos, de sentimentos nobres que resistem ao tempo e a qualquer desafio. “Contos de fadas” que nunca terminam, pois são “felizes para sempre”. Sim, eu poderia contar. Mas prefiro falar de sentimentos reais, de amores possíveis, de suas incertezas e sues prazeres. Assim começa nossa história. Rosalinda e Azulino, certamente se amavam. Construíram junto um lar, que era seu ninho de amor. Sentiam prazer na companhia um do outro e desenhavam para si lindos sonhos num horizonte futuro. Compartilhavam a mesma visão do amor. Mas nenhum homem é uma ilha, que não sofra a interferência do mundo que o cerca. E então, Amarilis apareceu no horizonte. Aos poucos Azulino se afastou de Rosalinda. Não era sua intenção magoá-la. Entendam! Não é que seu amor por ela tenha acabado, porém meu modo de ver o amor mudou, poderia experimentar novos amores, novos modos de amar. Embora, Amarilis representasse a incerteza, ele não resistiu ao encanto de conhecer outras histórias e deixou Rosalinda. Rosalinda experimentou a tristeza, o medo, o rancor, a solidão. Estes sentimentos não são bonitos como o amor, mas eles existem e não há ninguém no mundo que não tenha experimentado pelo menos um deles na vida. Por isso devem ser lembrados e contados em tristes histórias de amor. Nossa personagem já não se sentia mais segura dentro daquela casa que um dia foi seu lar. Mesmo assim, levou um tempo para entender que deveria de igual modo, mudar seu jeito de ver a vida e o mundo. Quando estava pronta, fez as malas e partiu, deixando para trás o antigo conceito que tinha de lar. Azulino que há algum tempo havia partido talvez cansado da incerteza da vida, deu um passo atrás, decidiu voltar para aquele que era seu porto seguro, para aquilo que ele chamava de lar, para seu amor eterno Rosalinda. O que ele não sabia era que nada mais existia, pois tudo se