Uma experiência de educação popular
Tema: O projeto “Ler e Viver” em Santa Cruz da Serra. Uma experiência de Educação Popular?
Problema: Qual a concepção que os educadores tem sobre a Educação popular nos ambientes comunitários?
B – Definição da base teórica e conceitual
Sabe-se que a prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sócio-política que implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente o papel da EducaçãoPopular (EJA) na escola e na aprendizagem. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola, para uma construção de militante de seus educanos. Como não existe um só momento de educação, ou uma única forma de se educar não se pode explicar a educação simplesmente por fórmulas. As diferentes formas são aproximações que podem ser consideradas como mediação que permitem contextualizar a educação, ao menos em alguns aspectos. Por isso, as mesmas devem ser analisadas, contextualizadas e discutidas criticamente. Segundo Freire (1996, p. 41):
Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar. Assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto. A assunção de nós mesmos não significa a exclusão dos outros. É a “outredade” do “não eu”, ou do tu, que me faz assumir a radicalidade de meu eu.
A função do professor nesta tendência é de investigar o desenvolvimento da capacidade que cada aluno possui, sendo que o professor é amigo e não o conhecedor de tudo. O seu principal papel é fazer e achar fórmulas para que o aluno desenvolva o seu raciocínio. Não há lugar privilegiado para o professor; antes, seu