UMA DISCIPLICA SIMPLÓRIA E ENFADONHA?
724 palavras
3 páginas
Faculdade Sagrada FamíliaAdilson Luiz Parizotto
2º Período de Ciências Sociais
Geografia Humana e Econômica
UMA DISCIPLICA SIMPLÓRIA E ENFADONHA?
Resenha: O principal entre os maiores expoentes da Geografia Crítica, Yves Lacoste, nos apresenta e nos convence de maneira excepcional que a Geografia considerada tradicional ou pragmática, que somente estuda a terra e sua forma, acidentes físicos, clima, populações, divisões políticas, etc., numa concepção do senso comum, é considerada como uma disciplina simples, chata e que para seu entendimento é necessário apenas ter uma boa memória, já há algum tempo foi superada. A partir de 1970, com o surgimento da geografia crítica, esta disciplina adquire uma postura radical desconstruindo totalmente os conceitos que até então faziam parte da geografia anterior. Assume um conteúdo político de conhecimento científico, propondo uma geografia militante que caminhe junto com as necessidades e desejos da sociedade – instrumento de libertação do homem. Preocupa-se agora, com fatores sociais, econômicos e políticos, estabelecidos dentro de um território geográfico. Yves Lacoste vai além. Em seu livro “A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra”, ele declara, que na verdade, a geografia é um temível instrumento para os que detêm o poder, serve para, e como causa primária, fazer a guerra. Através dos conhecimentos proporcionados pela geografia, é possível melhor controlar os homens sobre os quais o Estado exerce seu direito de mando. Um conhecimento usado como estratégia para formar um conjunto de práticas políticas e militares com o objetivo de formar um instrumento de dominação dotado de alto potencial prático e ideológico. Lacoste deixa evidente que a geografia não serve, primeiro, para fazer a guerra como condução a operações militares, ela serve também para organizar territórios como previsão de batalhas. Esclarece que nas cartas, que representam as formações