Uma breve introdução a filosofia
As várias maneiras de pensar
Definições do termo filosofia abundam. O estudioso de Heidegger escolhe, antes, dizer o que a filosofia não é. Filosofia não é um conjunto de generalidades, não é o senso comum que opina (p.13). Afirma podemos falar de uma especificade da filosofia, qual seja o perpassar todas as filosofias. “Não vamos em busca de um denominador comum para tudo o que se chama filosofia.” (p.14). O autor fala em tipologias: as menciona para destacar que a elas não nos devemos prender; elas poderão ser instauradas a partir de discernimento mostrado por elas mesmas.
O caminho para o pensamento
No dizer de Stein, as ciências são crias da filosofia. Filhas diletas do quefazer filosófico, não tão cedo abandonam a progenitora que as permitu “... dentro da dimensão aberta pela interrogação da filosofia.” (p.20). As ciências, porém, no seu objetivismo, não indo além dele, nele se diluem. A filosofia, por sua vez, não se atenua no domínio do real. Podemos falar da filosofia abarcadora, porém, do real? (p. 21). Seu campo específico, afirma Stein, “... é o próprio âmbito em que a ciência surge como ciência e onde seu objetivo se justifica.” (p. 22).
A ciência não pensa
A filosofia possui mobilidade e não podemos aprendê-la. É célebre a frase de Immanuel Kant (1724-1804) retomada na p.23. Adiante, Stein afirma que para recuperarmos o sentido da filosofia enquanto ciência, não adianta apelar à episteme e à sofia. Não competir com a ciência revela a maturidade da filosofia. E a ciência que com ela pretender rivalizar, é aquela que está na base de todo progresso técnico. Notemos que na p.25, o autor é taxativo quando afirma, com Heidegger, “A ciência não pensa” . Estando aparentemente condenada à “emigração interior”, ao pensar filosófico não cabe(???) invadir áreas específicas do saber científico.
O humor salva a verdade
Filósofo é aquele que afasta-se de si mesmo e o filosofar é sua própria frustração,