Uma breve discussão sobre saúde do homem, gênero e atuação do Assistente Social frente a esta temática.
Michele Correia
A partir do entendimento das doenças mais freqüentes nos homens, da questão da saúde destes bem como da existência da Política Nacional de atenção à saúde integral do homem, percebe-se que o Estado já teve o reconhecimento da gravidade de tal situação, visto que criou esta política e já vem realizando campanhas preventivas e de sensibilização para com este público-alvo. O que conclui-se, após as pesquisas realizadas, é que o tema ainda deixa muito a desejar e o que questionar. A Política e as campanhas realizadas ainda são poucas e poucos dados são encontrados sobre a efetivação desta bem como a atuação do assistente social nesse campo de atuação. O Ministério da Saúde declara no documento da PNAISH que “os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer” (BRASIL, 2008, p.06), assumindo o desafio de tentar derrubar as barreiras “socioculturais e educacionais” e garantir a ampliação das ações e serviços de saúde. E tal citação remete-nos, então, a trabalhar a questão de “gênero”, que tem sido um dos maiores empecilhos, impondo barreiras ao homem a procurar o sistema de saúde preventivo, deixando para realizar tal ação somente no auge da doença. Gênero é um termo que foi utilizado primariamente pelo movimento feminista para tratar das questões das diferenciações dos sexos masculino e feminino, entendido como elemento constitutivo das relações sociais. Afirma-se que o gênero não advém da genética, ele é socialmente imposto (culturalmente, histórico e politicamente) onde o gênero masculino é tratado superiormente ao feminino (cultura machista), e onde a sociedade define o que é natural do homem e próprio da mulher, reafirmando-se que nada ou pouco tem a ver com a natureza fisiológica e