Uma análise dos casos empreendedores da escola 24 horas e bonagura

Nesta análise dos casos da Escola 24 Horas e da Bonagura, citados no livro “Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto” do Instituo Empreender Endeavour, foram identificados quatro fatores importantes para o sucesso dos empreendedores: a acumulação de experiência prática, a identificação e exploração de nichos de mercado até lá não explorados, a capacidade de mudar o modelo de negócios quando necessário e de desenvolver novos serviços e tecnologias e o desenvolvimento e a exploração eficaz de uma rede de contatos e da credibilidade gerada no mercado.
A acumulação de experiência prática: Nos dois casos os empreendedores obtiveram conhecimento dos seus mercados trabalhando por outros antes de montar os seus próprios negócios. Severino Felix, após trabalhar como office boy em outra empresa, ganhou experiência como gerente financeiro e superintendente de uma editora de livros técnico-científicos e lá aproveitou o know-how de autores da editora para montar um programa pioneiro de treinamento e capacitação à distância, antes de montar uma empresa própria voltada ao ensino da informática para crianças. Marcio Bonagura, após anos aprender a administrar uma empresa com seu pai, trabalhou primeiro em uma empresa de consultoria multinacional e depois num escritório de contabilidade. As experiências acumuladas dos empreendedores não só os ensinou a realidade dos mercados, como também possibilitou que identificassem nichos até lá não explorados – o que os estimulou a tentarem seus primeiros negócios.
A identificação e exploração de nichos de mercado: No caso do Severino, o empreendedor pôde acompanhar de perto o desenvolvimento da informática no País, através do seu trabalho na editora. Naquela ocasião, ele leu sobre um projeto de ensino de informática para crianças numa revista americana e, percebendo que havia um nicho de mercado até então inexplorado no Brasil, ele montou um negócio para atender a este nicho (a Trend) e depois ofereceu o serviço como terceirizado