Uma análise crítica sobre a obra Dom Quixote
O mundo como horizonte da ficção - realitat - sentido estático da realidade: Dom Quixote é somente uma paródia do mundo de cavalaria.
A ficção como horizonte do mundo - wirklichkeit - realidade de Dom Quixote, o mundo é poesia pura, é a coalescência que se articula indefinidamente, é \\mfaciedum.
A narração é a gestação histórica de todos os seres (inclusive do narrador).
Loucura de Dom Quixote : dissimetria entre realitat e wirklichkeit. Dom Quixote está no universo da ficção; o mundo é vivenciado por ele de acordo com as categorias do imaginário, do possível.
Absoluta intolerância de viver nos limites do cotidiano, forma seu ser de acordo com o universo imaginário, acabar com a farsa, os encantamentos, é um "louco lúcido", restaurar a justiça.
Linguagem, estilo de Dom Quixote ( = adorno em cachos, volutas, espiral, ecos acústicos , borrar óptico) : duas cláusulas ou expressões fechadas, inserções simétricas, quiasmas, paralelo, antíteses, exageros superlativos em proposições consecutivas.
Em Dom Quixote, a essência e a aparência, a realidade e a ilusão, a razão e a loucura, enfim, todos os pares de dualidades são concebidos como dois aspectos complementares do universo em que se exerce a experiência humana.
“A realidade não possui uma consistência fixa. Pelo contrário, sempre se apresenta em formação e transformação. O real não é algo realizado, mas o processo ininterrupto de realização. O ser somente é enquanto devém. Sempre processual, jamais substancial, a realidade só pode ser compreendida aproximativamente através da adoção de várias perspectivas.” SOUZA, 2004.
Quixote não realiza a mimesis das aventuras de um cavaleiro andante qualquer, mas encena o drama em que diversamente se representa.
O narrador se considera o contador da história, não se limitando a transcrever um manuscrito encontrado, como é usual na tradição narrativa.
O narrador se comporta de um modo extraordinariamente complexo, não somente porque se reporta a um