Um sonho possivel - critica
História real do jogador de futebol americano Michael Oher é o "feel good movie" da vez
Um filme que conta uma história real é sempre mais comovente. Melhor ainda se a história tiver final feliz. E neste caso, não há o menor problema em contar o final, porque ele já é conhecido. Um Sonho Possível está mesmo interessado em contar é o começo, como Michael Oher se tornou um grande offensive tackle do time do Baltimore Ravens.
A produção traz a história do jovem Michael Oher (Quinton Aaron), um menino desamparado pela família e com um histórico de quase nenhuma oportunidade em sua vida. Big Mike é negro, obeso e filho de uma mãe viciada, que não consegue combinar a preocupação de sua próxima dose ao cuidado com os filhos. Marcado pela rejeição, Big Mike cresceu pulando de um lar adotivo para o outro sem nunca encontrar acolhimento verdadeiro. Os vários traumas de sua infância fazem com que ele pareça um grande vazio intransponível. Ele finge indiferença e burrice, beirando aparentar deficiência mental - mecanismos de defesa psicológica contra mais traumas. Quanto menos envolvimento ele tiver com o que acontece ao seu redor, menor será a dor.
Sua vida começa a mudar quando seu pai adotivo do momento decide matriculá-lo em uma escola particular cristã. Mesmo sem notas suficientes para acompanhar o currículo rígido do colégio, ele é admitido pela possibilidade de render algumas vitórias esportivas e também pelo argumento cristão da caridade. No colégio,então com 16 anos, ele cruza o caminho da família Tuohy, o mais perfeito exemplo do sonho americano: Leigh Anne é a mãe, uma perua rica, mas consciente e de valores cristãos; seu marido, Sean (Tim McGraw), é um ex-jogador de basquete que, ao deixar a carreira por uma lesão, comprou vários restaurantes da franquia de fast-food Taco Bell e vê o dinheiro entrar sem muito esforço; e seus dois adoráveis filhos: a insossa adolescente Collins (Lily Collins) e o espevitado S.J. (Jae Head).
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