Um sonho de liberdade
Entre tramas de corrupção e redenção, o “Frank Darabont” diretor, faz um quadro muito emocionante sobre a vida dos penitenciários. Ele nos faz pensar, e repensar conceitos e opiniões que trajamos e até então pensamos serem as corretas. Afinal, qual é o objetivo real de mandar um homem pra prisão? Afastá-lo da sociedade “civilizada”? Ou reintegrá-lo numa mesma que mesmo, tendo “pagado” sua culpa, o mesmo não é visto dessa forma na Sociedade a qual está “liberto” para Recomeça!?
Se a resposta correta for a última alternativa, bem, então alguma coisa ta errada com esse sistema. Pra mim a cena mais emocionante do filme, uma das mais marcantes, é aquela em que acompanhamos um já velho ex-presidiário tentando voltar a sua vida “normal” depois de tantos anos afastado do mundo. É triste de ver, afinal, ele já tinha construído uma nova vida dentro das grades. Será que o apoio dado aos ex-presidiários para a sua reintegração é bem executado? Qual o nosso objetivo ao tirar a liberdade de um homem, independente se este é culpado ou inocente, afinal?
Só começamos a sentir falta das coisas simples da vida quando elas são tiradas de nós. Um é bastante confiante de si, sem medo de arriscar e de correr atrás, no caso, de sua liberdade. O outro já parece estar conformado com seu destino, com sua vida. Isso fica explicito em todas as vezes em que o Morgan vai tentar conseguir sua liberdade mais cedo, e sempre faz o mesmo discurso. Sendo que no final de ele reconhece toda uma situação e muda seu discurso para redução de pena, e assim só assim a consegue-a.
O conceito de liberdade é um bocado relativo, dentro de UM SONHO DE LIBERDADE. Quer dizer, dá pra gente não estar fisicamente preso, dentro de uma prisão, mas, às vezes, isso não significa que não possamos nos libertar. Nos libertar de várias coisas, aliás. Assim como um preso que constrói sua vida dentro da prisão e se vê tendo que deixá-la pela... “liberdade”.
Aluno: Clécio Gomes Souza
Profª -