Um rio chamado Atlântico
O texto inicia relatando a relação da África com Brasil no período próximo a sua independência, fala ainda, que os soberanos de Benim e de Lagos foram os primeiros governos africanos a reconhecer a independência do Brasil. E por meio da Bahia e do Rio de Janeiro é que o governo português mantinha relação com as regiões de Onim, Porto Novo e Angola. A independência brasileira teve repercussão na região da Angola, e em Berguela, surgiu uma corrente política favorável à união daquele território ao Brasil. Portugal preocupado com essa situação, no seu tratado de reconhecimento da independência da sua colônia, vedou a possibilidade de qualquer colônia portuguesa de se reunirem ao Império brasileiro, mas o governo do Brasil não demonstrou interesse em “estabelecer com outras nações vínculos que as pusessem em relação de dependência”.
No início da soberania brasileira, depois dessa preocupação de que sua independência fosse reconhecida, o Brasil passa a se preocupar com os problemas ligados ao tráfico negreiro e à navegação comercial entre o ele e África. Agora as divergências estavam diretamente ligadas aos interesses da Grã-Bretanha que passava pela Segunda Revolução industrial e que de grande mercadora de escravo se transformava em uma “advogada ardorosa” para com o fim do tráfico negreiro pelo fato da existência da escravidão está começando lhe contrariar nos seus novos interesses políticos e econômicos. A partir do momento que crescia a ação imperialista dos ingleses na Índia, os mesmos buscaram meios de afastar o Brasil da competição do açúcar. Um dos motivos que contribuiria para que o açúcar Indiano e Antilhano Britânico fosse mais barato que o brasileiro era a ausência de mão de obra escrava para produção do mesmo.
O combate ao tráfico negreiro, o sentimento da missão civilizadora e as teorias do livre comércio foram prevalecendo em países europeus como a Inglaterra a