Um reformismo quase sem reformas: uma critica marxista do governo lula em defesa da revolução brasileira
Resenha
O capitulo Menos reformas e mais revoluções do livro “Um reformismo quase sem reformas: Uma critica marxista do governo Lula em defesa da Revolução Brasileira” de Valério Arcary que aqui nos propomos a resenhar faz uma abordagem acerca do reformismo no governo Lula, mas não só isso, vai estabelecer também uma analise da conjuntura que permitiu a consolidação das ideias reformistas dentro dos partidos socialistas em tempo e espaço diversificados.
O texto mostra que depois de duas décadas de um regime de ditadura militar de direita no Brasil a esquerda marxista, que resistiu na clandestinidade durante o período autoritário, foi desarmada, teórica e politicamente, dando margem ao surgimento de militantes influenciados por uma política democrático-liberal sobre fortes pressões do processo eleitoral levou os militantes a aderir ao reformismo abandonando ou disfarçando os ideais revolucionários. O lulismo prevaleceu dentro do Partido dos Trabalhadores, agremiação que congregou os principais dirigentes esquerdistas no pós ditadura, promovendo um pragmatismo eleitoral que mudou as perspectivas dentro do partido, dessa forma, “A defesa da socialização da propriedade privada [...] sumiu do vocabulário do PT e dos seus aliados de esquerda na coalização com os partidos burgueses que deu sustentação ao governo Lula e elegeu Dilma Roussef” , essa nova perspectiva, fisgou até mesmo dirigentes marxistas históricos sucumbindo das fileiras do partido as idéias de revolução.
No entanto, tendências reformistas não é exclusividade da esquerda brasileira, segundo o texto de Arcary a cem anos o reformismo era também majoritário na Russia, onde o movimento operário estava dividido em uma ala assumidamente reformista que defendia o