Um projeto de sucesso
O projeto VivaVôlei, pertencente à CBV (Confederação Brasileira de Futebol) é, em minha opinião, um projeto de sucesso. Criado em 1999, visa utilizar o esporte como ferramenta social, tirando os jovens da rua, dando a eles a oportunidade de conhecer e praticar um esporte nacionalmente difundido.
Posso falar com propriedade deste projeto pois, durante, um ano, fiz parte dele, podendo presenciar o crescimento esportivo de meninos e meninas que se destacavam nele, sendo chamados a jogar em grandes times, ganhando medalhas e troféus e enchendo de orgulho nossos treinadores que, mais que professores, eram nossos incentivadores, educadores e amigos, sempre preocupados e atenciosos conosco, dentro e fora de quadra. Um treino que se iniciava como uma diversão para as crianças e uma forma de tirá-las da ruas, muitas vezes poderia ser o futuro profissional delas.
O projeto deu tão certo que, além de patrocínios importantes, recebeu a chancela da Unesco, em 2003, o certificado ISO 9001:2000 e a aprovação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), em 2005, para captar recursos através do Fundo Nacional para a Criança e Adolescente (FNCA).
São inúmeras conquistas e diversos centros VivaVôlei distribuídos por todo o Brasil que provam que um projeto social pode dar certo, necessitando apenas de empenho em políticas públicas e de pessoas compromissadas com o mesmo.
Lembro-me bem que os professores eram instruídos à inclusão social, pois em quadra não existia cor, tamanho, peso ou deficiência, todos jogavam com um só propósito de aprender o esporte e, incentivados pelos treinadores, ajudar os que tivessem mais dificuldades. Inclusive, treinava comigo um garoto que tivera má formação fetal e que não possuía alguns dos dedos dos pés e das mãos e, mesmo com tal limitação, nunca sofreu preconceito dentro do projeto, porque os professores imprimiam em nós o sentimento de cooperação e mutualidade.
O projeto se adapta às