um pais melhor
O transporte aéreo é um dos setores que freqüentemente são apontados como “estratégicos” tanto por governos quanto por analistas setoriais. Esta qualificação é, em geral, devido a algumas de suas principais características econômicas. Por exemplo, o transporte aéreo é um verdadeiro “insumo produtivo” para centenas de milhares de empresas pelo Brasil afora, dado que as maiores corporações o utilizam intensamente para deslocamento rápido de empresários, executivos, técnicos, carga, correspondência. Deslocamento nesse caso significa mobilidade, agilidade, eficiência e, por decorrência, a indução de negócios, o fechamento de contratos, enfim, o crescimento econômico. Outro importante diz respeito à integração da Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Sabe-se que o modal terrestre nunca irá atender satisfatoriamente as necessidades de locomoção intra-região amazônica e, dado o caráter estratégico que a região possui para o desenvolvimento do País, seja no âmbito econômico, seja na questão da segurança das fronteiras, seja no próprio atendimento das necessidades locais, tem-se no transporte aéreo uma importante fonte de potencialidades de alavancagem do progresso com respeito ao meio ambiente.
Em qualquer nação, a credibilidade do funcionamento do sistema aéreo é fator imprescindível para os custos e riscos associados aos investimentos no País. Problemas com o transporte aéreo geram efeitos em cascata, spillovers, negativos importantes por toda a economia e por toda a sociedade. Os “apagões aéreos” de 2006 e 2007 são ilustrativos disso. Durante esses episódios, ficou marcante que a credibilidade do transporte aéreo foi bastante afetada por conta do expressivo volume de vôos atrasados e cancelados e pela sensação de maior insegurança devido aos trágicos acidentes aéreos da ocasião. Por decorrência, efeitos lesivos relevantes foram induzidos sobre a economia, o turismo, o ambiente de negócios, a qualidade percebida e