Um olhar sobre Maria Feijó na obra de Eliana Batista.

BATISTA, Eliana Evangelista. A NORMALISTA COMO INTERSEÇÃO: ESCOLA, LITERATURA, IMPRENSA E ESTRATÉGIAS POLÍTICAS NO ESTADO NOVO (ALAGOINHAS / 1937-1945). Santo Antônio de Jesus, 23 de abril de 2012

Camila Marins1
Eliana Cerqueira¹
Naiana Souza¹
Silvania Nascimento¹

O presente trabalho, a partir do trabalho de Eliana Batista Evangelista, tem como objetivo discutir os relatos da professora Maria Feijó o processo de formação da professora primária em Alagoinhas durante o Governo Getulio Vargas. Para isso, faz-se necessário adentrar nas estratégias políticas e educacionais no Estado Novo e suas implicações na educação oferecida aos alagoinhenses. A autora problematiza as mudanças ocorridas no sistema educacional brasileiro e na sociedade, expondo o papel da imprensa, do estado e da família na década de 30. Dessa forma, o capítulo, O Estado Novo e a Legislação do Ensino Normal, apresenta o processo de formação do professor primário no Brasil e na Bahia, visando à compreensão do perfil assumido pela Escola Normal de Alagoinhas diante do modelo traçado pelo Ministério da Educação e Saúde no Estado Novo.
O capítulo traça o caminho das normalistas, o seu interesse em ascender buscando a independência, as dificuldades encontradas, o processo de mobilidade social e de participação no mercado de trabalho e, sobretudo, o domínio da fala e da escrita, pelas professoras primárias e o peso da docência feminina, que além de representar o papel de ser boa professora tinha que ter uma reputação intocável. Além disso, a autora apresenta as novas possibilidades de atuação na esfera pública proporcionadas a essas professoras no declínio do Estado Novo.
O Estado Novo e sua legislação, trouxe uma visão de avanço econômico e ascensão social para o país, no entanto durante esse período a educação era elitizada e voltada para o mercado de trabalho, e a forma das normalistas “ganharem dinheiro” para galgar com facilidade sua independência era através dos concursos do