Um novo olhar sobre o “turismo do agrónegocio” no oeste baiano
Luzia Maria da SILVA[2] Universidade Federal da Bahia lumsips@gmail.com
RESUMO
Durante muito tempo o turismo esteve ligado, preferencialmente, as áreas litorâneas, sobretudo, por causa das belas paisagens praísticas existentes em quase todo território brasileiro. Recentemente o turismo do interior começou a ganhar força, sobretudo, por causa da supervalorização e preocupação com o meio ambiente, que cada vez mais desperta nos pesquisadores questionamentos cruciais acerca do que pode ou não pode ser feito enquanto planejamento turístico. No entanto o presente artigo não tem a intenção de tratar desse aspecto do turismo e sim trazer para reflexão algo bem mais complicado, um outro tipo de turismo que para muitos nem ao menos é considerado como tal: o turismo de negócio, neste caso, do agronegócio do oeste baiano. Sendo assim, será mostrado, através de uma análise comparativa entre os Municípios de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães como se dá as relações de exploração agroindustrial e a transformação do território em um novo chamariz turístico resultante das grandes feiras empresariais do agronegocio que a cada edição aumenta o fluxo de turistas nesta região.
Palavras chaves: turismo, agronegócio, agroindústria, território, cerrado
INTRODUÇÃO
A (re) produção do espaço é tão antiga quanto a própria história da humanidade, que inicialmente (nas comunidades primitivas) viviam em grupo e já possuíam a capacidade de memorizar, descrever e até mesmo interpretar paisagens.
Nesta época, segundo Santos (2002) a chamada pré-história corresponderia ao meio natural, no qual os grupos humanos, eram absolutamente dependentes da natureza. Com o passar do tempo e da “evolução” humana, o homem sofreu transformações e transformou seu