Um novo educador para uma nova relação professor-alunos na escola contemporânea
João Luiz Gasparin, UEM, gasparin01@brturbo.com.br.
Robson Borges Maia, CESUMAR, rb-maia@uol.com.br.
Introdução
Este trabalho foi elaborado com base nos resultados da pesquisa sobre os fundamentos da relação professor-alunos na escola contemporânea1. Um dos objetivos desta pesquisa foi compreender a nova ordem social como determinante/condicionante das novas configurações familiares. O trabalho consistiu em pesquisar e analisar os desafios que essa realidade social impõe aos educadores, exigindo deles uma prática docente que as agências formadoras não estão mais preparadas para oferecer. Para conhecermos esse fenômeno formulamos o seguinte problema de investigação: como as relações estabelecidas na atualidade entre a família e a escola influenciam ou determinam a relação professor-alunos exigindo dos educadores o desempenho de novos papéis? O presente trabalho, de caráter teórico, foi realizado numa perspectiva sócio-histórica, a partir da teoria de Vygotsky. Para esse autor, uma pesquisa deve explicar a concretude do fenômeno estudado, sem perder a riqueza da descrição. Significa dizer que, na análise das fontes, levou-se em consideração a dialogicidade e a historicidade das transformações sociais (Freitas, 2002). A opção por este método respalda-se também no fato dele oferecer a possibilidade de compreender os fenômenos da realidade em uma atmosfera abrangente, mutável e, conseqüentemente, passível de transformação (Japiassu, 1981; Saviani, 2005). Por esta abordagem, os fenômenos são compreendidos a partir de seu acontecer histórico, onde o particular é considerado uma parte da totalidade social. Assim, a pesquisa é vista como uma relação entre os sujeitos considerados em sua historicidade, seres marcados por uma cultura como criadores de idéias e consciência e que, ao produzirem e reproduzirem a realidade social são, ao mesmo tempo, produzidos e reproduzidos por ela