Um Nova Concepção de Vida
“Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos” (Tradução:
Newton Roberval Eichemberg, p. 1 - 130), elaborado pelo austríaco Fritjof Capra, físico
teórico graduado com Ph.D. pela Universidade de Viena, manifesta sua recente concepção
da realidade. Em meio a análise parcial do livro, nota-se que o autor busca sustentar sua
tese mediante a apresentação de uma série complexa de argumentos científicos, porém, de
forma objetiva e superficial. O também cientista, educador e ambientalista, atribuiu crucial
relevância à sua obra a partir da influência de inúmeros estudiosos renomados, empenhando
10 anos em pesquisa e produção.
O livro, primeiramente, contextualiza o cenário de crise ambiental da sociedade,
apontando de forma concisa e fascinante, a chave para solução dos atuais acontecimentos, o
pensamento sistêmico. O autor expressa essa visão ecológica profunda, não apenas com uma
perspectiva do todo, mas sim com uma interpretação de como o todo - no caso, o homem
- está inserido no seu ambiente natural e social. Para que ocorra uma alteração na qual
gere um pensamento sistêmico global, Capra expõe de forma simplificada a necessidade de
mudança de paradigma, isto é, nos valores da sociedade e não apenas no modo de pensar.
Deixando de lado a ecologia rasa, a qual figura o homem como um ser acima da natureza.
A partir deste ponto, o escritor dá ênfase à origem do processo de mudança de
paradigma mecanicista. Fritjof exibe de maneira completa e sucinta um contexto histórico
da ciência, iniciado na Filosofia antiga, passando pelo período da Revolução Científica, com
o pensamento mecanicista comparativo de mundo e máquina. Durante a Renascença, tal
ideia foi oposta pelo movimento romântico, alterando-se para uma concepção de Terra como
um todo integrado. Mais tarde, no século XX, a teoria organísmica foi descrita pelo autor,
destacando a