Um mal necessário
A família é um mal necessário
Um mal necessário
O veneno da boca da cobra
A lixeira do luxo que sobra
Um mal necessário
Mil caras vão pintar no meu caminho
Todas elas, rosas e espinhos
Mil promessas vão se cumprir.
A família é um mal necessário
A política é um mal necessário
Um mal necessário
Tudo isso é um mal necessário
As ruas cheias de gente procurando
Comprando e vendendo coisas
É importante se ir ao inferno
Ficar uma semana
Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Moedas e notas estão desaparecendo de nossos bolsos, substituídos pelos cartões de crédito e sistemas automáticos de pagamento. Apesar disso, o dinheiro, de forma abstrata, continuará existindo, com todos os seus méritos e falhas. Afinal, nada podemos fazer sem ele. De fato, se ele desaparecesse do mapa, tudo seria muito pior.
Para começar, todo o comércio também desapareceria. Sem moedas nem notas, só nos restaria o escambo. As lojas não teriam mais razão de existir e seria muito mais complicado trocar os bens de primeira necessidade, como bebidas, alimentos, roupas e remédios, assim como os produtos tidos como supérfluos, como as máquinas industriais e as peças de carro. Na realidade, a troca é baseada no escambo de produtos com uma coincidência de interesses. E, mesmo que ocorra essa coincidência de interesses, fazer as trocas não é tão simples assim.
Supondo-se que um