Um livro é uma janela pela qual nos evadimos
Justin Green 1900-1998
Os livros são o bem mais partilhado no mundo. Constitui o instrumento de socialização da cultura. Aparentemente, são todos iguais mas se os abrirmos, em qualquer página, encontramos de cada vez uma imagem diferente. Vejo-me na obrigação de concordar e apoiar a citação de Justin Green, pois os livros permitem-nos viajar sem sair do lugar. Mas será que todos pensam assim? A reposta é, obviamente, não! Para uns são apenas meros objectos de estudo ou ornamentais. Para outros oferece aos seus olhos uma forma diferente de ver. Cada página, uma imagem. As palavras são peças que juntas formam, na nossa imaginação, uma longa viagem sem começo e sem fim. Um livro é materialmente perfeito quando é agradável de se ler, em que a passagem da leitura à contemplação é tão rápida. Essa "janela" a que Justin Green fazia referência, permite descobrir outros lugares, outros tempos, outras formas de agir, ser, pensar... Ao ler um livro, se este não nos desperta como um soco, valerá a pena lê-lo? Não. Livro, viagem dos olhos e da imaginação, é uma perfeita máquina de ler, é um objecto de arte que possui uma personalidade própria. Transmite a cada pessoa um pensamento, um sentimento diferente. Felicidade, calor, frio, medo... Tudo um livro é capaz de fazer sentir. De significado tão ambíguo, torna-se um objecto que nos escolhe a nós, mais do que nós o escolhemos a ele.
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