um legado intelectual de Friedrich Ratzel
Ratzel foi um pensador da segunda metade do século XIX, cujo final, como sabemos, foi marcado pelo recrudescimento da especialização analítica e pela consequente afirmação das identidades corporativas das nascentes ciências sociais.
A insistência ratzeliana, que pode ser verificada em algumas de suas principais obras, no sentido de estabelecer cruzamentos históricos, biológicos, políticos, geográficos, culturais, etc., para explicar os diversos aspectos, físico-naturais ou humano-culturais, das paisagens e das comunidades humanas, caminhava a contrapelo das correntes preponderantes do conhecimento científico da época. Sendo assim, Ratzel tornou-se uma espécie de alvo preferencial de sociólogos, antropólogos, geógrafos ou historiadores, que interessados em afirmar caminhos de indentidade corporativa, observavam apenas aquilo que julgavam como os equívocos de suas teses.
Geógrafo e etnógrafo alemão, nascido em Karlsruhe, Baden, criador da antropogeografia ou Geografia Humana. Iniciou-se profissionalmente trabalhando como farmacêutico até os 21 anos de idade, quando passou a estudar Ciências Naturais e depois Geografia, recebendo o doutorado em zoologia pela Universidade de Heidelberg (1868). Ensinando ciências em Munique e Leipzig, publicou um ensaio sobre a obra de Darwin (1868) e mais tarde interessou-se também pelas teorias sobre a migração de espécies. Depois trabalhou como correspondente do jornal Kölnische Zeitung, de Colônia (1874-1875), viajou pelo sul da Europa, México e Estados Unidos, o que o levou ao estudo da antropogeografia (geografia humana). De volta à Alemanha, tornou-se professor universitário em Munique e, posteriormente, em Leipzig. Mundialmente conhecido por ter sido um dos fundadores da Ciência Geográfica, especialmente da Antropogeografia ou Geografia Humana, com a criação da disciplina Geopolítica. Morreu em Ammerland, Germânia, e s uas mais importantes obras foram Anthropogeographie