Um jeito de ser cap
Os fundamentos de uma abordagem centrada na pessoa
Este é um capítulo fundamental, com raízes no passado e no presente. Para escrevê-lo, utilizei-me de um artigo (1963) que contribuiu muito para o esclarecimento de minhas idéias na época. A segunda fonte pode ser encontrada numa idéia embrionária que germinou numa conferência sobre a teoria da psicologia humanística, realizada no início dos anos setenta e que resultou num artigo, “A tendência formativa” (1978). Apesar de ter reconhecido minha dívida para com Lancelot Whyte, um historiador britânico das idéias, fiquei surpreso ao saber, mais tarde, que idéias quase idênticas poderiam ser encontradas num livro muito anterior, da autoria de Jan Christian Smuts (1926), o lendário guerreiro, acadêmico e prime iro-ministro sul-africano. Depois de uma derrota política que encerrou o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, ele escreveu esse livro, cujo tema é a “tendência integradora, holística... registrada em todos os estágios da existência.., algo fundamental no universo...” Mais tarde, Alfred Adler (1933) utilizou o conceito de tendência holística de Smuts para fundamentar sua concepção de que “não pode haver mais nenhuma dúvida de que tudo o que chamamos corpo traz em si uma luta para se tornar um todo”. Agradeço ao Dr. Heinz Ansbacker, professor da Universidade de Vermont e seguidor da teoria adleriana, por ter chamado minha atenção para esses pensadores que me antecederam. A descoberta de que a força holística — quase totalmente ignorada pelos cientistas — já fora compreendida há muito tempo por esses pensadores veio confirmar minhas idéias.
A terceira fonte desse artigo foi a leitura que fiz de três autores que se encontram no limite extremo da ciência atual: Fritjof Capra, um físico teórico; Magohah Murayama, um filósofo da ciência; e Ilya Prigogine, um químico-filósofo ganhador do Prêmio Nobel.
Portanto, este artigo baseia-se em muitas fontes e integra essas idéias antigas e recentes na estrutura