Um estudo amostral dos seguros de automóveis no brasil
Francisco Galiza
dos
seguros
de
Autor do livro “Economia e Seguro: Uma Introdução”, publicado pela Funenseg
1) Introdução: Uma configuração atual do ramo
O objetivo deste texto é fazer uma análise econômica das condições atuais do seguro de automóvel vendido no país, através de amostra de empresas e de determinados tipos de veículos, localizados em algumas cidades brasileiras1. Antes desta análise específica, sintetizamos a seguir a situação deste ramo na economia brasileira. i) Participação no setor Pelas estatísticas oficiais, o faturamento do seguro de automóvel no último exercício chegou a quase R$ 5,8 bilhões - recuperando-se da perda de mercado registrada em 1996 (em 1997, a sua participação em relação a todo o setor é de um pouco mais de 30%) -, ocorrendo esta melhora apesar da queda na quantidade de companhias que operam neste segmento (última coluna da tabela 1).
Caso haja interesse de outro trabalho nesta linha, sugerimos também o artigo Galiza, Francisco; Um estudo comparativo simplificado de alguns planos de PPA no Brasil - sob a ótica do consumidor; Cadernos de Seguro; Funenseg; Dezembro/97.
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Tabela 1 - Ramo Automóvel
Ano
1995 1996
Faturamento *
5,007 4,593
Part. %
35,60% 30,40% 31,40%
Empresas **
79 71 70
5,784 1997 * Em R$ bilhões ** Com faturamento mínimo de R$ 100 mil/ano
ii) Estatísticas de produção Uma “regra de bolso” usual e simplificada sobre os preços de seguros de automóveis no Brasil diz que este corresponde a cerca de R$ 1 mil/ano - 80% deste valor servindo para cobrir o próprio casco segurado e, apenas 20%, o seguro de Responsabilidade Civil2. Deste modo, considerando-se que o faturamento total do ramo em 1997 foi de R$ 5,8 bilhões, estimamos a frota segurada nacional em 6 milhões de carros, um pouco acima de 25% do total circulando no país. iii) Custos médios do ramo Na avaliação dos custos envolvidos na negociação dos produtos de seguros de