Um enigma chamado Brasil
Nesses livros, por meio de pesquisas históricas, Sergio elabora novas respostas a questões formuladas durante sua militância modernista e sugere uma possível via de continuidade entre tradição e modernidade no Brasil.
Quando o livro Caminhos e Fronteiras foi publicado, Sérgio estava se preparando para prestar o concurso para Cátedra de História da Civilização Brasileira da Universidade de São Paulo. Além de lecionar na Escola livre de Sociologia, tornou-se seu aluno apenas para obter título na área e poder se inscrever no concurso, para o qual redigiu uma tese sobre os motivos endêmicos no descobrimento e colonização do Brasil.
No livro Visão do paraíso, Sérgio mostra que tanto os portugueses quanto os espanhóis acreditavam na existência de fonte da juventude e homens imortais. Uma das principais crenças era de que em algum lugar havia um lugar como o paraíso descrito na bíblia. Após o seu lançamento, Sérgio se tornou professor catedrático da USP, e a partir de 1960, começou a coordenar o projeto da coleção histórica geral da civilização brasileira. Além de lecionar e orientar alunos de pós-graduação e criou em 1962, o Instituto de Estudos Brasileiros, um centro de documentação dentro da universidade, que integrava acervo, pesquisa e ensino.
Em 1966 foi aos Estados Unidos, e estudou a bibliografia sobre o imaginário religioso que regeu a colonização desse país. A partir do contato com essa literatura, revisitou Visão do paraíso, escrevendo o prefácio à segunda edição, de 1968. Nele refletiu que os puritanos que se estabeleceram na América do Norte, esperavam encontrar uma terra inóspita que com muito esforço poderia ser transformada em