Um Dos Alimentos Mais Consumidos No Nordeste
“A farinha tá no sangue do nordestino/eu já sei desde menino o que ela pode dar/e tem da grossa, tem da fina se não tem da quebradinha/vou na vizinha pegar pra fazer pirão ou mingau/farinha com feijão é animal!/o cabra que não tem eira nem beira/lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira/a macaxeira é popular é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá/e em tudo que é farinhada a macaxeira tá/você não sabe o que é farinha boa”.
Como já dizia o compositor alagoano Djavan, “a farinha tá no sangue do nordestino”. Mesmo com a licença poética que lhe é permitido, o músico tem toda razão. O nordestino é o principal consumidor da farinha do Brasil e está localizado no nordeste um dos principais pólos nacional de produção de mandioca. De acordo com dados da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), a Bahia é o segundo produtor brasileiro de raiz de mandioca, produzindo um total de 4,6 milhões de toneladas por ano ficando atrás apenas do Pará com 4,8 milhões de toneladas por ano.
Uma das principais responsáveis por essa inserção do Estado nos dados nacionais está na organização da cultura da mandioca pelo interior da Bahia. Prefeituras investiram na capacitação de agricultores além de financiar a construção de casas de farinha que fomentam e estruturam a produção agrícola. Um exemplo desta estrutura está na Cooperativa Mista de Produtores Rurais do Sul da Bahia (Coomprus), que agrega a produção do Baixo Sul, com os municípios de Ilhéus, Buerarema, São José da Vitória e Una, todos considerados comunidade produtiva que possui o centro de produção localizado no município de Buerarema.
COOPERATIVA - A Coomprus produz 1.000 a 1.500 quilos por dia de farinha e a criação da cooperativa além de tornar os municípios pólos de produção, movimenta a economia local promovendo a inserção social através de geração de emprego. Ao todo, diretamente 30 famílias rurais se beneficiam do projeto participando