Um dois e três

DAVID COIMBRA. Jogo de Damas. Porto Alegre: L&PM, 2007. 169 p.

Em uma viajem que fiz, resolvi ler um livro de David Coimbra, famoso colunista do Jornal Zero Hora. O livro trata da história do desenvolvimento da humanidade em tom de humor, mostrando como as mulheres tem grande influência sobre os poderosos dês dos primórdios da história.
Por ler sempre as crônicas esportivas de David no jornal, passei a gostar da forma leve e ocasional que ele escreve, sempre demonstrando grande conhecimento histórico e dando dicas de outros livros para se ler, ele demonstra ter grande bagagem cultural.
O livro aborda uma cronologia histórica de hilários e criativos contos, com alguma ficção e requintes de verdade sobre como as mulheres tiveram grande influência sobre os grandes homens da história. O que chama mais atenção são traços bem apimentados, cercados de luxuria e traição, homens que tinham defeitos e mulheres que sabiam aproveitar-se deles.
Gostei muito das ilustrações picantes feitas pelo artista Edgar Vasques, responsável pelas tirinhas de Rango e Olé e Repé, publicadas no Jornal Extra Classe de Porto Alegre. E recomendo muito este livro aos bem humorados que sabem viver, devorei o livro em apenas um dia, pois as letras são grandes e a diagramação é muito bem feita.

Destaquei uma parte que gostei muito, no Capítulo: “O maior corno da história”, David escreve assim sobre ele: “Cláudio foi o cornudo clássico: todos seus amigos, parentes, inimigos, conhecidos e até quem não o conhecia, todos sabiam. Menos ele. Além do mais, ele era corno, mas era feliz.
O nome Cláudio, ou, Claudius, devia ser sinônimo de chavelhudo, lunado, galhudo, chifrudo, guampudo ou, simplesmente, corno. Mas deu origem à palavra claudicante. Porque Cláudio era corno e manco. E gordo. E gago (chamavam-no Clau-clau-claudius). E feio como a necessidade.” (p. 63).

São Luiz Gonzaga, 15 de março de