Um discurso sobre as ciências. Boaventura de Souza Santos
Resenha.
Boaventura em sua obra faz uma reflexão que nos leva a perceber que a ciência tem muito que amadurecer.
Mostra ele como a ciência nada progrediu com o passar dos séculos mantendo seus métodos voltados para o passado.
Nos dias atuais vemos que as ciências naturais ainda são tidas como modelo, no qual explicam o mundo de forma racional.
Boaventura propõe um novo modelo de ciência, relacionando as ciências naturais com as ciências sociais, como forma de atingir um conhecimento universal, conhecimento esse no qual resultou em teorias ao qual permanecem em nossa sociedade até os dias de hoje e que precisam ser reavaliadas.
Considerou-se que esse modelo poderia produzir resultados igualmente reforçados no estudo da natureza e no estudo da sociedade, o que evidentemente não aconteceu.
O tipo de conhecimento que se ocupa a ciência só poderá participar em outras áreas se esta não se esquecer do conhecimento científico que ela traz consigo, sempre conciliando um ao outro.
Os fenômenos sociais são historicamente dependentes e culturalmente decididos, as ciências sociais não podem produzir previsões porque os seres humanos modificam o seu comportamento em função do conhecimento que sobre eles adquirem.
O autor acredita que precisamos voltar às coisas simples, que através de perguntas simples é que teremos explicações mais próximas da realidade. Boaventura nos fala também que conhecimentos inseguros firmados em outros tempos podem trazer consequências terríveis.
Se tratando do paradigma dominante o autor traça uma linha entre os séculos XVI e XIX, onde relaciona as ciências naturais e as sociais nos fazendo entender o que ocasionou tal crise.
Afirma Boaventura que a ordem científica dominante é caracterizada por ser autoritária ao qual não vai de encontro com as necessidades humanas.
O paradigma dominante se apresenta também como sendo totalitário, pois apresenta uma