Um dia sem mexicanos
O Filme “um dia sem mexicanos” trata da problemática da imigração nos Estados
Unidos, especificamente de imigrantes mexicanos e latino-americanos no estado da
Califórnia. De maneira divertida e exagerada o filme conta histórias fictícias (porém bem
“reais”) com situações de preconceito, discriminação e segregação que os latinos vivem neste estado. O foco principal da história é mostrar a importância do papel dos imigrantes nos Estados Unidos, proposta esta que se mostra bastante conformista e impassível.
A história trata-se de uma comédia, em que todos os mexicanos do estado desaparecem de uma hora para outra sem deixar rastros. Muitos serviços básicos que eram exercidos por “mexicanos” (que na verdade, na história, não são só mexicanos do
México, mas mexicanos de “todos os países ao sul da fronteira”) ficam parados, gerando caos e confusão por toda parte. Os americanos “puros” que ficam terminam fazendo orações e pedidos de todos os tipos para que os desaparecidos retornem.
A personagem principal da trama é uma repórter chamada Lyla, nascida na
Armênia e criada por mexicanos nos EUA, sem saber que na verdade não tinha descendência latina. Acontece que, ao ser criada no meio de mexicanos, a personagem sofre o fenômeno de endoculturação, criando uma “identidade mexicana”. Lyla será muito importante na história para denunciar o preconceito sofrido pelos imigrantes nos Estados
Unidos.
Fica evidente a presença de vários conceitos importantes da antropologia nesta comédia. Alguns dos conceitos mais importantes trabalhados no filme são os conceitos de identidade (e, portanto, alteridade), preconceito e discriminação, xenofobia, e o conceito de cultura. Além destes, outros apresentados pelo grupo foram etnocentrismo, maniqueísmo, entre outros.