Um dedo de prosa
Ana Paula Novais PIRES
Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão
E-mail: anapaulanovais1@hotmail.com
Siza Bete da SILVA
Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão
E-mail: sizabete@hotmail.com
Sheila B. Cristino SILVA
Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão
E-mail: sheicrist@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
Em um tempo onde as questões sobre o atual modo de produção são paradoxais, é urgente buscar compreender como as mudanças no horizonte da concepção de trabalho aparecem intimamente ligadas aos interesses do capital, que se expande através da modernização do campo sob a égide do agronegócio e se apropria dos espaços, mudando os sentidos e os conceitos de trabalho, a luta pela terra, numa coexistência de tempos onde o “moderno” avança sobre o “arcaico” que resiste.
Desse modo, o campesinato, a relação terra-trabalho-família, persiste como importante questão agrária no país, com suas características intrínsecas por conta da forte expansão do capitalismo no meio rural, bem como o tamanho das propriedades e das famílias, os maquinários utilizados e condição técnica, nível financeiro e a relação com o mercado.
Nesse sentido, o presente relato de experiência objetiva compreender o modus vivendi das famílias visitadas na Comunidade rural Tambiocó, sendo elaborado a partir da aula de campo na referida Comunidade, durante a disciplina Organização do Espaço Agrário Brasileiro, no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia da Universidade Federal de Goiás, Campus Catalão. Para tanto, foi elaborado um roteiro de visitas e de questionamentos entre os mestrandos do PPGG- UFG/CAC, com o objetivo de conhecer a realidade sociocultural e econômica das famílias visitadas, sendo que a escolha das três propriedades se deu por conta de um prévio conhecimento dos moradores destas.
A importância de verificar in loco o que a teoria mostra