Um caso politico-cultural na antiguidade tardia: o imperador Juliano e seu conceito de educação
Margarida Maria de Carvalho busca conceituar o que é educação para Juliano, para isso, trabalha os conceitos de Logos cristão e Logos grego utilizando também dos discursos contra Juliano de Gregório Nanzianzo. Com isso verifica que o embate ocorrido entre Gregório Nanzianzo e Juliano foi politico-religioso, pois no século IV d.C não havia separações entre essas esferas.
O artigo pode ser dividido em três partes. Na primeira a autora faz suas considerações preliminares expondo a forma como os conflitos entre os autores podem ser compreendidos como politico-culturais. Na segunda parte do artigo o imperador Juliano e a historiografia sobre o seu tempo a autora mostra que desde o próprio período do imperador Juliano há uma construção mítica em torno de sua pessoa.
Na terceira e ultima parte Margarida Maria de carvalho escreve sobre o propósito de Nanziano em escrever contra Juliano, a partir desses três pontos, ligados a autora compreende este momento especifico da antiguidade tardia.
Para a autora é preciso separar claramente o que Gregório afirma acerca de Juliano dos usos que são dados as suas palavras. Durante o decorrer dos séculos a imagem de Juliano serviu para reproduzir um Lagos grego intolerante como o Lagos cristão. O ataque a Juliano foi uma construção imaginetica, tornando-se então um retrato através de releituras dos discursos de Gregório em outros contextos.
A autora conclui dizendo que Gregório pode ser considerado como "alguém carente de informações mais precisas sobre Juliano e seu helenismo", e salienta que é preciso compreensão de que o objetivo centro contra Juliano, não era não era somente Juliano, mas a Paideia, incluindo nesta o Lagos grego que ele representava e conclui que a obra Contra Juliano não contrata apenas o Imperador e o helenismo,