Um Brasil que não para.
Cidades pequenas e médias crescem mais do que grandes centros urbanos, geram oportunidades de negócio, abrem novas frentes profissionais e oferecem qualidade de vida comparável à de países desenvolvidos da Europa.
EXPANSÃO
Trabalhadores do porto de Suape: 2,5 mil contratados no primeiro trimestre de 2011
Na semana passada, saíram os indicadores preliminares sobre o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2011. Apesar dos prognósticos pessimistas feitos por diversos institutos e analistas de mercado, o Brasil continua em forte aceleração. Os sete maiores bancos do País estimam um crescimento de até 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nos três primeiros meses do ano na comparação com o quarto trimestre de 2010. Trata-se de um dado espantoso – a alta do PIB é duas vezes maior do que as previsões iniciais feitas há algumas semanas. O avanço se deve a diversos fatores, mas é também resultado de uma profunda transformação do eixo econômico do País. Pela primeira vez na história, o motor dos negócios não está concentrado nas grandes capitais. São as cidades de pequeno e médio porte que impulsionam o desenvolvimento. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou que a média de crescimento anual do PIB nos municípios que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes é 15% superior à alta observada em cidades com mais de 500 mil moradores. A mesma proporção se dá no aumento populacional. O fenômeno tem criado ilhas de prosperidade que geram oportunidades de negócios para empresas e empreendedores de diversos setores, abrem fronteiras profissionais para milhões de trabalhadores e proporcionam qualidade de vida para famílias entrincheiradas nos grandes centros urbanos.