Um bom ambiente nao basta
um bom ambiente não basta
Cada vez mais, as organizações buscam colaboradores que não se limitem a apenas fazer bem o seu trabalho, mas se sintam estimulados a ir além
POR MARCOS HASHIMOTO
12 vol.9
nº1
jan/jun 2010
gvexecutivo 13
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Desde que Robert Levering e Milton Moskowitz publicaram 100 Best Companies to Work for in America, em 1984, organizações no mundo inteiro têm investido na criação de bons ambientes de trabalho como forma de atrair os melhores talentos do mercado. Os departamentos de RH encabeçam esses esforços, e o respaldo a essa prática vem de estudos estatísticos que comprovam que as empresas que investem no seu clima organizacional obtêm melhoras nos indicadores financeiros de desempenho.
A lógica do benefício mútuo ficou assim estabelecida:
“Nós (organização) oferecemos um bom ambiente de trabalho para que, em troca, você (funcionário) procure desempenhar bem o seu trabalho”. Por um bom tempo essa equação funcionou bem, mas recentemente novas demandas têm trazido turbulências a esse equilíbrio. Diante do imperativo da inovação, as lideranças exigem que seus colaboradores não se limitem a fazer bem seu trabalho, mas se sintam estimulados a ir além. Espera-se que os funcionários estejam dispostos a correr riscos, promovam mudanças positivas para o negócio; questionem e desafiem ordens. As organizações buscam, enfim, pessoas com perfil empreendedor.
Mas quais são, dentro da organização, as pessoas que melhor se ajustam a essas novas exigências? Vale a pena investir em programas que, além do clima organizacional, estimulem também o intraempreendedorismo? As considerações a seguir se baseiam em uma análise da base de dados da maior pesquisa de clima do Brasil, Melhores Empresas para Trabalhar.
A pesquisa é realizada há mais de 10 anos e publicada pela revista Você S/A. Na edição de 2008, foram incluídas