Ultrarromantismo
A expressão plena dos sentimentos pessoais e das paixões atingiu seu ponto mais alto com os poetas da segunda geração romântica, que escreveram principalmente nas décadas de 1840 e 1850.
Influenciados pelos românticos europeus, sobretudo Byron e Musset, esses poetas representam o Ultrarromantismo (também chamado de “Mal-do-Século”), cuja poesia é extremamente egocêntrica e sentimental, exprimindo um pessimismo doentio, uma descrença generalizada, um tédio pela vida e uma obsessão pela morte que impregna tudo de tristeza e desilusão.
A poesia desta geração é quase sempre superficial e artificial, servindo como desabafo das próprias tristezas e frustrações, procurando envolver emocionalmente o leitor.
Características gerais do ultrarromantismo
• liberdade criativa do humano superior (o conteúdo é mais importante que a forma; são comuns deslizes gramaticais);
• versificação livre;
• dúvida, dualismo, duelos;
• tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo, satanismo, masoquismo, cinismo, auto degeneração;
• fuga da realidade(escapismo, evasão);
• desilusão adolescente;
• idealização do amor e da mulher;
• subjetivismo, egocentrismo;
• saudosismo (saudade da infância e do passado);
• consciência de solidão;
• a morte: fuga total e definitiva da vida, "solução para os sofrimentos"; sarcasmo, ironia.
Alguns autores e obras
• Álvares da Azevedo= “Lira dos Vinte Anos”, “Poema do Frade”, “Noite na Taverna”, “Macário”.
• Junqueira Freire= “Inspirações do Claustro”
• Laurindo Rabelo= “Trovas”
• Casimiro de Abreu (um dos mais populares poetas românticos) = “As Primaveras”
• Fagundes Varela= “Cantos e Fantasias”
O medo de amar
Em relação a o amor, as obras dos ultrarromânticos apresentaram uma visão dualista, que envolve atração e medo, desejo e culpa. Segundo Mário de Andrade, escritor e critico modernistas, os românticos, e principalmente os ultrarromânticos, teriam a realização amorosa, Por