ultima parada
Ultima Parada 174, dirigido por Bruno Barreto retrata a história do assaltante Sandro, aquele que por 5 horas dominou os passageiros do ônibus 174. O filme não trata do sequestro em si, mas sim da história de vida do assaltante. Como recurso narrativo inicial, Bruno Barreto optou por mostrar a linha temporal de dois personagens.
Alessandro, “Alê”, filho de uma drogada que é expulsa do morro e passa a ser criado pelo traficante Meleca e a história do sequestrador Sandro, morador de favela que presencia a morte da sua mãe e após uma breve estadia na casa de sua tia resolve morar nas ruas. Sandro vai dormir nas escadas da Candelária, onde passa a ser chamado de “Alê”.
O destino dos dois se cruza quando Alessandro, que fornecia droga para as crianças da candelária decide ir cobrar uma dívida. Nesse momento vale ressaltar a participação especial de Douglas Silva, o Acerola de Cidade dos Homens. No pouco tempo em que ele aparece, mostra porque ganhou um prêmio internacional. Sandro, que era uma das crianças da Candelária é quem deve arrumar o dinheiro para pagar as drogas mas não consegue.
Nesse mesmo dia, acontece a famosa Chacina da Candelária e Sandro foi um dos sobreviventes, fingindo-se de morto. Com a chacina, Sandro tem um depoimento gravado exibido nos telejornais. Nesse momento, a mãe de Alessandro, que fora expulsa da favela, acredita que aquele é seu filho e parte em busca dele.
Os dois voltariam a se encontrar em um centro de recuperação de menores e acabam se tornando amigos. Fogem, cometem crimes, brigam e a história tem aquele desfecho que nós já conhecemos.
O roteiro Ultima Parada 174, escrito por Bráulio Mantovani propõe uma análise do que levou uma criança comum a se tornar a protagonista de mais um caso trágico no Brasil. A famosa “falta” de oportunidade e a vida difícil no morro são o pano de fundo da grande maioria de filmes do gênero.
O filme tenta mostrar o tempo todo que Sandro era apenas mais um produto da desigualdade