Ulcera de decúbito
a) Conceito:
É uma lesão provocada pela redução do aporte sanguíneo a uma determinada área do corpo, tendo como fator básico a pressão externa que gera uma injúria tissular e/ou morte celular.
O termo “escara”, amplamente usado no passado, vem sendo cada vez menos utilizado por não ser o termo correto para defini-las, pois diz respeito a áreas de crostas de tecidos ressecados de consistência dura, de coloração variável entre o cinza, marrom e preto e firme aderência ao leito da lesão.
Quando ocorre uma pressão dos ossos sobre a superfície rígida do leito que comprime as células epiteliais e os microvasos (capilares sanguíneos), iniciará o edema local por rompimento das membranas plasmáticas celulares e/ou falência no aporte de oxigênio (hipoxemia) para as células.
Avaliar e documentar a evolução de uma ferida é fator determinante para a definição do tratamento apropriado para cada caso. Isto deve ser feito de forma sistemática, desde a ocorrência da lesão até sua completa resolução.
Segundo a NPUAP, órgão norte americano que normatiza a assistência prestada aos clientes portadores de lesões cutâneas, orienta que ao realizar a avaliação de uma lesão devem estar presentes os seguintes dados da lesão:
Estágio da lesão;
Tamanho;
Tipo de tecido presente na lesão;
Quantidade e tipo de exsudato.
Outras características como odor, sangramentos, áreas de túneis, podem estar presentes na descrição, porém não são obrigatórios como os itens citados anteriormente.
b) Classificação:
As úlceras devem ser classificadas em estágios, de acordo com a intensidade da lesão, que são:
- Estágio I : hiperemia persistente em pele íntegra após alívio de pressão e/ou eritema não esbranquiçado à digito pressão;
- Estágio II : lesão parcial da pele, envolvendo epiderme e/ou derme. A úlcera é superficial e clinicamente aparece como abrasão, cratera rasa ou bolha (rompida ou não);
- Estágio III : lesão total da pele, envolvendo dano ou