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Fichamento do texto de Madalena Freire:
A Paixão de Conhecer o Mundo “Todo esse processo de busca e descobertas nos desvela o processo educativo, ‘a educação como um ato de conhecimento’, que nunca se esgota, que é permanente e vital.” Nas palavras de Madalena Freire, encontro a inspiração para pensar em mim como educadora aprendiz. Como um processo constante e incessante de trocas de conhecimento com o outro, seja o aluno, o professor, o pai ou, como na história narrada por Madalena em A Paixão de Conhecer o mundo, o quitandeiro. Madalena ressalta a importância da proximidade entre educador, alunos e pais. Não como uma família, mas como uma unidade que participa de todo o aprendizado e que este não é unilateral (só do professor para o aluno). Ela alimenta essa relação com a comida! Um lanche em grupo, juntando até a professora. A autora instiga a curiosidade dos alunos, faz com que testem os conhecimentos adquiridos durante a aula sobre determinado objeto. Ela ainda aponta como importante a “lição de casa”. Não como um exercício de repetição, mas como um registro do conhecimento adquirido. Através desses registros, a criança se descobre dona do processo de alfabetização, porque a criança já fez sua leitura do mundo ao seu redor, mas agora ela inicia a representação simbólica desse mundo. Para mim, então, educador aprendiz é aquele que partilha a informação com a criança, mas que não deixa nunca de aprender com ela. O educador mostra não ser o detentor de todo o conhecimento, alunos e professor descobrem juntos. Cada descoberta pode ser usada para uma área diferente de conhecimento e que todas essas áreas estão interligadas. A alfabetização depende muito mais do aluno, de como ele transcreverá em símbolos sua leitura do mundo e que, quando o professor se põe egoistamente no lugar de detentor do conhecimento, a criança se torna dependente dessa figura do educador, tornando essa relação numa simples transmissão de