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2678 palavras 11 páginas
UM GENE

gene white e o mutante de olhos brancos de

Drosophila melanogaster
Lyria Mori
Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: lmori@ib.usp.br

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Genética na Escola | Vol. 7 | Nº 2 | 2012

Genética na Escola

descoberta do mutante white e sua importância para a história da genética é o tema deste artigo. Esse gene, juntamente com outros três (vermillion, miniature e rudimentary), fez parte do primeiro mapa de distâncias relativas entre genes localizados no cromossomo X de Drosophila melanogaster e forneceu a prova definitiva de que os genes estão nos cromossomos. A proteína por ele codificada atua no transporte dos precursores dos pigmentos que dão cor ao olho de Drosophila.

A

PALAVRAS-CHAVES Gene white, mutantes de cor de olho, interação gênica, mutações gênicas, Drosophila melanogaster

HISTÓRIAS DENTRO DA HISTÓRIA
Março de 1990. Eu estava em Nova Iorque, Columbia University. Lá estava especialmente para conhecer o local que tinha abrigado a Sala das Moscas (The Fly Room), laboratório de pesquisa liderado por Thomas Hunt Morgan (1886-1945) nas primeiras décadas de 1900. Do passado efervescente de descobertas que impulsionaram a Genética, logo após a redescoberta do trabalho de Mendel com as ervilhas, só restara uma placa na parede do corredor, mas, mesmo assim senti uma grande emoção ao caminhar pelo mesmo corredor em que haviam passado meus ídolos da Genética: Calvin B. Bridges (18891938), Thomas Hunt Morgan e Alfred H. Sturtevant (1891-1970). Em maio de 1910, na sala 613 (Sala das Moscas) do Schermerhorn Hall na Columbia University havia surgido, no estoque de Drosophila melanogaster (mosca-da-banana ou mosca-do-vinagre), um macho de olhos brancos e não vermelhos como as moscas da mesma espécie. Wallace (1992), Moore (1993) e Sturtevant (1965) disseram que tinha sido Bridges quem havia visto a mosca de olhos brancos dentre centenas de moscas de

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