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uhnruihesa realidade?Há possibilidades. Quando você coloca sujeitos próximos com idades e sensibilidades parecidas, dentro de um projeto que é controlado por adultos ou por uma instituição que tem seus objetivos definidos, há uma chance de esses jovens conceberem objetivos diferentes, irem contra o que está estabelecido, seja formando grupos alternativos, seja ocupando as “franjas” do tempo e do espaço. E algumas versões mais radicais dessas alternativas podem ser vistas como um “desvio”. Um sociólogo chamado
David Matza fez um estudo interessante, mostrando “as tradições ocultas da juventude”. Ele, que é bastante conservador, definiu como “grupos desviantes” a boemia, o radicalismo e a delinquência. Eu, porém, mostro o contrário: são possibilidades de contestação juvenil que têm provocado transformações históricas importantes, seja no caso do movimento estudantil, vinculado ao radicalismo, ou no caso do movimento da contracultura, que está ligado à boemia.
Já a “delinquência” é mais problemática, nem os sociólogos mais progressistas a têm compreendido bem. Normalmente, é associada a algo desesperado, anômico, autodestruidor. E muitas das ações rebeldes dos jovens pobres são assim rotuladas. Se os jovens de classe média queimam os carros em Paris, é movimento estudantil, se são os pobres, é “delinquência”.
E quais seriam os “grupos desviantes” da atualidade?
Entre os movimentos estudantis ainda há alguns grupos mais radicais à esquerda, alguns anarquistas, por exemplo. Um dos mais interessantes recentemente foi o Movimento Passe
Livre, que em muitas cidades teve uma força grande, como em Florianópolis, Campinas e Salvador, salvo engano. O
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