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1. INTRODUÇÃO
Carl Menger contribuiu revolucionariamente para a teoria do valor, juntamente com outros dois economistas, Walras e Jevons. Ele não aceitava essa teoria, anunciando que não era o trabalho que determinava os preços de uma mercadoria, mas sim, a utilidade/escassez do bem. 2. CARL MENGER
O economista Carl Menger inicia sua investigação precisamente na ação humana, na ação dos indivíduos, levando em conta a característica universal da humanidade, isto é, a diferença entre os homens. Reconhece ela, portanto, que os indivíduos são diferentes entre si, que existe uma escala de valores particular e individual, ou seja, reconhece que os gostos e as preferências são individuais.
A descoberta da noção de utilidade marginal no final do século XIX veio renovar a teoria econômica. O interesse clássico pela produção, oferta e custo, dará lugar, nas teorias modernas, ao consumo, procura e utilidade. Avançando então nos princípios levantados por Menger, chegamos a sua definição de valor, que é “a importância que determinados bens concretos – ou quantidades concretas de bens – adquirem para nós, pelo fato de estarmos conscientes de que só poderemos atender às nossas necessidades na medida em que dispusermos deles”. Um bem não econômico pode ser útil, mas ele não terá valor para nós. A confusão entre utilidade e valor tem gerado problemas nas teorias econômicas. O ar que respiramos, tem utilidade para todos, mas nem por isso os indivíduos atribuem um valor econômico para ele.
Esta teoria baseia-se de que um indivíduo que consome várias porções de um mesmo bem vai obtendo uma satisfação decrescente. A satisfação proporcionada pela última porção consumida, a menos útil, determina o valor do bem. Digamos que, a cada momento, cada indivíduo escolhe satisfazer o seu desejo mais intenso, de modo que a intensidade de todos os seus desejos se mantém equilibrada.
É fácil de entender. Imagine que um indivíduo esteja necessitando