Ubíqua

Como a Computação Ubíqua é um dos grandes tópicos de pesquisa e de desenvolvimento atual, é relevante que se faça uma análise aprofundada de sua razoabilidade devido a sua grande interação com a vida diária. A computação ubíqua abrange principalmente a maneira pela qual as pessoas percebem e utilizam seus dispositivos móveis para realizar as tarefas, a forma de criar e implementar estas aplicações assim como do “aumento” do ambiente físico pela disponibilidade e ubiqüidade das informações e serviços. Em uma visão ideal pretende-se mesmo que os usuários não percebam sequer a existência de dispositivos, sendo o próprio ambiente modificado por equipamentos embutidos. Um dos impactos centrais da ubiqüidade na vida das pessoas consiste na obtenção de informações sobre o contexto e sobre o usuário. Entre os fatores desta mudança encontram-se a normalização e a troca de informações pessoais; os padrões que permitam a utilização de regras de adaptação dos serviços em função do contexto e do usuário; a definição de contextos e de preferências dos usuários. Todos esses elementos nos levam aos seguintes questionamentos: quanta informação pode ser armazenada sobre uma pessoa? Qual é o limite da razoabilidade das decisões? É ético manter informações pessoais? É ético criar aplicações ubíquas, adaptáveis com base em dados pessoais, em que nível?
Todas estas questões nos levam a discussão do que é possível e do que é razoável no processo de concretização dessa nova tecnologia. Quando se trata de desenvolvimento tecnológico raramente se faz a discussão do que é eticamente razoável e não somente do que é possível realizar. No caso da computação ubíqua, e da adaptação ao usuário, temos uma situação realmente delicada no que diz respeito à razoabilidade. Saliente, em particular, este tópico dos Grandes Desafios por sua grande ligação com a privacidade e com a interferência nos direitos individuais.
Portanto se faz necessário a análise de alguns aspectos a serem considerados quanto