Títulos de Crédito
É inexato afirmar uma data específica para o gênesis das relações cambiárias, todavia, há evidências históricas de que foram os Cavaleiros da Ordem Templária que iniciaram essas relações, semelhantes às atividades bancárias de hoje. Tal como preleciona o historiador Voltaire Schilling:
“A pureza e a espada, conjugadas, eram as apreciadas garantias dadas pelos Templários aos donos dos dobrões que acolhiam em depósito. Numa era de incertezas extremas, de pilhagens e incêndios constantes motivados pelas guerras feudais intermitentes, qualquer recinto protegido pela cruz da Ordem aparecia como se fora um oásis. Um cofre-forte inexpugnável protegido pelo
Senhor. Era tal a confiança que despertavam que não tardou para que sus instalações se transformassem em estabelecimentos bancários, ainda que informais, fazendo deles, entre os séculos XII e
XIII, os principais fornecedores de crédito a quem os poderosos da época recorriam (História Antiga e Medieval 2005)”
Neste contexto, evidencia a figura dos títulos cambiários, uma vez que a
Ordem emitia um título ao portador do montante resguardado em seus fortes protegidos pela espada e pelo “senhor”, podendo o beneficiário retirar o valor em qualquer sucursal no decorrer do caminho entre o continente europeu até a cidade
“santa” de Jerusalém.
Com a expansão marítima das grandes potências da época, evidencia-se a compra e venda de mercadorias e de força laboral nas antigas cidades até 1650, destacando-se aquelas próximas do litoral. Caracterizando assim, o primeiro período do desabrochar das relações cambiarias, a saber; denominado de período Italiano – enfatizando os instrumentos de troca instaurando o instituto Cambium Trajecticium, que era um contrato cambiário entre compradores e vendedores de moeda, tendo em vista a evolução das feiras medievais, nas quais se encontravam mercadores para praticarem o ato de comercio.
O Cambium