Têxtil
Siqueira, Paula Silva: estudante do curso de Design de Moda da Universidade do Estado de Santa Catarina paulas.siqueira@homail.com Resumo: A padronagem é o estudo do entrelaçamento dos fios de trama e urdume, visando transformar as fibras individuais em fio contínuo, e obtendo-se através dela a formação de um tecido plano. Tendo em vista a existência das mais variadas opções de ligamento, este trabalho irá focar em apenas um deles, o ligamento sarja dupla, que dará origem ao “pied-de-poule”. O presente artigo tem como objetivo introduzir conhecimento a respeito deste tecido, bem como analisar historicamente sua presença no vestuário feminino.
Palavras-chave: “Pied-de-poule”. Padronagem têxtil. História da moda.
1. Introdução
A origem do “pied-de-poule” não possui data específica, porém há relatos do seu uso como discurso de moda a partir do século XIX.
Em inglês a padronagem é conhecida por Houndstooth (de origem escocesa) e está vinculada ao conceito de aceitação com importante papel social na emergência do país na época da rivalidade entre clãs, porém, nunca pertenceu a um em particular, mas era frequentemente utilizada nos tons de preto e branco em eventos sociais e políticos, o que dava ao usuário uma posição neutra.
Pode-se assegurar que este padrão é um clássico na história da moda, sendo restringido apenas ao público masculino até uma certa época, numa construção de um discurso rígido e austero.
A grande transformação ocorre somente na década de 1930, com o renome da estilista Gabrielle Coco Chanel, conhecida por revolucionar o guarda roupa feminino com o advento de peças masculinas. Ela resolve então adotar o padrão em suas coleções que tornam-se febre por todas as mulheres desejosas por mudanças.
Assim, em 1947 Christian Dior também rende-se ao “pied-de-poule”, acrescentando-o até mesmo a embalagem de perfume.
Na década de 60 o “pied-de-poule” ressurge na