Técnicas de inteligência artificial implementadas em jogos
A indústria de jogos eletrônicos começou antes da década de 70, e desde então ela evoluiu drasticamente, superando a indústria do cinema em 2003. Nesse tempo as tecnologias utilizadas também ficaram mais sofisticadas, chegando a níveis cada vez mais realísticos e mais próximos do natural e autônomo. Uma dessas tecnologias é a inteligência artificial. A IA (inteligência artificial) para jogos é diferente da IA acadêmica. A principal diferença está no objetivo de cada uma. Na IA para jogos, a preocupação não está em como se chega nos resultados, e sim a diversão e os desafios que o consumidor terá ao jogar, por isso o enfoque está em como o programa age, e não como ele pensa. Para os personagens se tornarem inteligentes, os desenvolvedores utilizam diversas técnicas, cada um com suas vantagens e usados em diferentes gêneros. Algumas das principais técnicas são: máquinas de estado finito, lógica nebulosa, sistemas baseados em regras, redes neurais, scripts, path-finding e padrões de movimento. As máquinas de estado finito são um conjunto de estados possíveis que um personagem pode estar ou realizar, e um conjunto de regras, condições, para efetuar a transição entre os estados. É uma técnica muito utilizada por ser fácil de ser entendida, programada e depurada em baixa escala, mas um sistema mais complexo pode deixar a máquina extremamente confusa e difícil de prever todos os casos possíveis. Outra técnica bastante utilizada é a lógica nebulosa, também conhecida como lógica fuzzy. Na lógica fuzzy, ao contrário da lógica booleana, pode-se admitir valores intermediários entre o falso e verdadeiro, podendo representar situações de incerteza e tomar decisões mais humanas. Com essa lógica podemos lidar com problemas muito mais complexos com custo relativamente baixo. Muitos desenvolvedores lidaram com a limitação das máquinas de estado finito utilizando a lógica fuzzy, criando as máquinas de estado