Técnicas das Neurociências
TÉCNICAS DAS NEUROCIÊNCIAS
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL
A Ressonância Magnética Funcional é uma técnica não-invasiva que utiliza um campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do nosso corpo.
A Ressonância (Nuclear) Magnética Funcional permite analisar o fluxo sanguíneo no cérebro com vista à detecção das respectivas áreas de actividade.
A forma como a actividade cognitiva se processa no córtex cerebral pode, assim, ser detectada através de alterações provocadas nos átomos do sangue que aflui ao cérebro, sendo essa actividade processada em computador.
Isaac Rabi (da Universidade de Columbia e prémio Nobel da física) estudou as propriedades magnéticas dos átomos, tendo descoberto o princípio da ressonância magnética, a partir da constatação de que um campo magnético associado a ondas de rádio faz com que os núcleos dos átomos se movam.
O primeiro scanner de Ressonância Nuclear Magnética foi produzido comercialmente em 1980.
Scanner de RM
Na década de 1990, o físico Seiji Ogawa descobre que a hemoglobina (molécula no sangue que conduz o oxigénio) pobre em oxigénio é atingida por um campo magnético de forma diferente da hemoglobina rica em oxigénio, evidenciando uma situação de contraste entre o sangue rico (arterial) e pobre (venoso) em oxigénio que podia ser usada para criar imagens da actividade cerebral num exame de Ressonância Magnética.
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Já na década de 1930, Pauling descobrira que as alterações provocadas nos átomos do sangue rico em relação ao sangue pobre em oxigénio variavam em cerca de 20% (o que denota bem a situação de contraste que se verifica quando um e outro são atingidos pela força de um campo magnético.
Ora, é precisamente a localização dessas diferenças que permite aos cientistas determinem as partes do cérebro que estão a ser irrigadas por sangue rico em oxigénio, quando em actividade.
A Ressonância Magnética Funcional assenta, assim, na ideia de que o sangue que conduz o oxigénio