Técnicas argumentativas

TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS

Seja para convencer ou persuadir, a argumentação não deve considerar a lógica do juízo de valor, mas sim o recurso das técnicas argumentativas, baseando-se naquilo que já é desejado ou conhecido pelo auditório, que é quem deve guiar o estudo da ordem do discurso. Para tanto, é necessário à determinação da forma e do método que o discurso irá assumir, conforme abordagem para auditório particular, técnico ou universal.
Para classificação geral das técnicas argumentativas o Tratado da argumentação distingue dois grupos, dividindo-os para uma melhor compreensão em associação e dissociação.
A associação une elementos distintos e permite estabelecer entre eles uma solidariedade que pretenda estrutura-los, seja valorá-los positivamente ou negativamente. Desse modo, ele subdivide-se em argumentos quase lógicos, argumentos baseados na estrutura do real e as ligações que fundamentam a estrutura do real.
Os argumentos quase-lógicos retiram seu poder de persuasão de sua semelhança com argumentos formais; impossibilitado de encontrar contradições lógicas no discurso do oponente, procura-se encontrar incompatibilidades. Foi abordado no Tratado da argumentação com a tese de que todo o discurso da ciência social seria tão argumentativo e abordado de maneira a conceber a racionalidade formal por meio de técnicas argumentativas, estabelecendo o lugar entre o extremo absoluto da certeza e a dúvida absoluta.
Com o intuito de levar o interlocutor a uma determinada conclusão absurda, é necessário convencê-lo a admitir a tese em questão, quando então é empregado o argumento pelo absurdo e pelo ridículo. Argumento esse que consiste em refutar uma asserção, mostrando a falta de cabimento ao contrariar a evidência. Esse é o argumento que está além dos limites da racionalidade, contrariando á razão.
A argumentação tem como característica a interação entre o orador e o discurso que é exposto, estabelecendo assim uma relação interativa com o auditório, que a