TÉCNICAS ANALÍTICAS NA AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
Van Kolck, O., tese - pg. 77 – 83
Observação: Este texto é uma transcrição do original.
“Introdução . Seguindo a orientação francesa, classificamos os procedimentos de avaliação da personalidade em dois grandes grupos: as técnicas analíticas e as técnicas sincréticas (eclético). As primeiras, baseadas em uma concepção analítica, acentuam o aspecto quantitativo e estatístico; enquanto as segundas, fundadas em uma concepção globalista, põem ênfase no aspecto qualitativo e psicológico. Correspondem a duas abordagens diferentes da personalidade: a intuitiva e global, que permite determinar um tipo, caracterizar uma pessoa, estabelecer uma síndrome (segundo grupo ou sincrético); e a quantificada e analítica, que trabalha com os traços da personalidade em classificações dicotômicas, com a possibilidade de determinar em que grau o sujeito possui o traço em questão (primeiro grupo ou analítico). Os principais pontos de diferença entre os dois grupos podem ser resumidos da seguinte forma: 1) Técnicas analíticas focalizam aspectos mais de periferia ou superfície: atitudes, interesses, traços de personalidade, em sua expressão mais direta no comportamento individual. A personalidade, em plano mais profundo, em seus níveis mais centrais, será objeto de estudo das técnicas sincréticas ou projetivas; 2) Na maior parte das vezes, as técnicas analíticas solicitam informes sobre aquilo de que o sujeito tem conhecimento, enquanto as projetivas, pesquisam aspectos de que os sujeitos não têm consciência; 3) O procedimento é mais quantitativo e estatístico nas técnicas analíticas; mais qualitativo e descritivo nas projetivas: 4) As técnicas analíticas pertencem ao grande grupo dos métodos experimentais (abordagem psicométrica); as projetivas ao dos métodos clínicos (abordagem intuitiva e clínica). Enquanto o grupo das técnicas sincréticas abrange um conjunto mais homogêneo - o das técnicas projetivas e expressivas; as