técnica de PCR
Introdução
A técnica da PCR permite que um fragmento específico da molécula de DNA seja amplificado milhares de vezes em apenas algumas horas. Esta técnica revolucionou as pesquisas em biologia molecular, pois até então demorava-se muito tempo para a amplificação do DNA. A partir da PCR é possível obter-se cópias de uma parte do material genético em quantidade suficiente que permita detectar e analisar a sequência que é alvo do estudo. A reação pode ser comparada a uma procura por uma única pessoa em uma grande cidade e cloná-la ao ponto de poder povoar toda a cidade.
A reação explora função natural da enzima chamada de taq- polimerases, extraída da bactéria Thermus aquaticus, que é uma enzima termoestável, fato de imensa importância uma vez que a reação se processa em ciclos de diferentes temperaturas, como será dito mais adiante.
Este processo de amplificação do DNA foi inventado por Kary Mullis em 1983 e a primeira amplificação feita foi a da betaglobulina humana. Desde então, houve um aumento exponencial no número de publicações científicas que relatavam utilizar a técnica da PCR em experimentos, passando de 3 publicações em 1986 para 1700 em 1990. Esta descoberta condecorou Kary Mullis com o prêmio Nobel de Química dez anos após sua invenção. O fato central que faz a PCR tão útil é que todo organismo vivo possui sequências de nucleotídeos no DNA que são únicas e específicas para cada espécie.
Esta reação permite a amplificação de qualquer sequencia de DNA coletada de amostras de materiais biológicos como sangue, urina, outros fluidos corporais, cabelo e fragmentos teciduais. Amostras de micro-organismos, células vegetais ou animais mesmo que com milhares de anos, também podem ser detectadas pela PCR.
Para a execução da técnica da PCR é preciso que se tenha conhecimento prévio da sequencia do ácido nucleico que se deseja amplificar, dita "sequência alvo." A partir disto, desenham-se dois iniciadores ("primers") para dar partida ao processo de