tv brasileira
Quatro meses depois de Ter inaugurado a primeira emissora de televisão do Brasil e da América do Sul – a TV Tupi Difusora de São Paulo – Chateaubriand iniciava novo empreendimento na cidade do Rio de Janeiro. No dia 20 de janeiro de 1951, foi inaugurada a TV Tupi/Rio, também instalada provisoriamente nas dependências da Rádio Tamoio, nas proximidades da Praça Mauá. Além da precariedade das instalações, a nova emissora enfrentou problemas com relação à localização da sua antena/retransmissor. O grupo dos Diários Associados – seu grupo gestor – pretendia colocá-la no Alto do Corcovado, junto à imagem do Cristo Redentor. Tal idéias encontrou forte oposição do clero local e a solução foi colocá-la no Pão de Açúcar.
Apesar de todas as deficiências e improvisações, a televisão foi saudada pela imprensa escrita como sendo ö novo e poderoso instrumento com que "conta nossa terra". Nos dois primeiros anos de sua implantação, a televisão não passou de um brinquedo de luxo das elites do País, do mesmo modo como o videocassete vem sendo considerado no momento. Isto se justifica pelo fato de, nos primeiros anos, um televisor custar três vezes mais do que a mais sofisticada radiola do mercado e um pouco menos que um carro (Mattos, 1982, Priolli, 1985).
Quando a televisão começou no Brasil, praticamente não existiam receptores. O total não passava de 200, mas visando popularizar o veículo, Chateaubriand mandou instalar alguns aparelhos em praça pública a fim de que as pessoas pudessem assistir aos programas transmitidos. O Quadro II apresenta a evolução do número de televisores em uso no País. Inimá Simões (1985) relata que, com o objetivo de estimular o crescimento de telespectadores, uma verdadeira campanha publicitária começou a ser veiculada, estimulando a venda de televisores. O texto transmitido era o seguinte:
Você que ou não quer a televisão? Para tornar a televisão uma realidade no Brasil, um consórcio radiojornalístico investiu