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A obra foi prefaciada pelo Dr. Alaor Caffé, professor associado da Faculdade de Direito da USP, que conseguiu retratar com perfeição a essência do trabalho de Alf Ross, jusfilósofo dinamarquês (1899-1979):
"O autor discute o cerne da questão com graça picaresca, com humor e fantasia, dando-nos, em poucas páginas, numa síntese magistral, uma profunda visão do direito subjetivo sem mistificações calcado numa análise da linguagem de forte sabor neopositivista. Com a misteriosa expressão "tû-tû", Alf Ross explica com espírito cômico o uso similar na linguagem jurídica das palavras "propriedade", "crédito" e outras (expressões designativas de direitos subjetivos), mostrando como procuramos operacionalizar, com certa maestria e economia de esforço, o discurso do direito, manipulando de forma técnica palavras sem significado, sem referência semântica alguma. Por isto, ele conclui, por exemplo, que a propriedade, inserida entre os fatos condicionantes e as consequências condicionadas, é, na realidade, uma palavra sem referência semântica, que serve somente como ferramenta de apresentação do direito...
Nesse sentido, o leitor tem em mãos um precioso segmento da teoria do direito, de extremo valor para diluir obscuridades e mistificações da linguagem jurídica."
É esse o objetivo didático, passar a entender a linguagem de forma pragmática como instrumento valioso que pode ter inúmeras finalidades e formas de utilização.
Já dizia Wittgenstein "Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem".
Assim, trabalhar essa parte da obra de Alf Ross, abrirá caminhos para