Tutankhamon
A pintura de maior interesse do início da história e merecedora de nossa atenção foi a egípcia. Durou de 3 a 4 mil anos, dentro das mesmas formas técnicas e expressivas; uma maneira peculiar de representar a figura humana: o rosto de perfil, com o olho de frente, o tronco de frente, as pernas e os pés de perfil. Embora figurativa, a pintura egípcia na essência é abstrata, porque não revela a observação direta da realidade. Os egípcios foram constantes e expressivos deformadores.
A arte do Egito foi basicamente à serviço dos faraós, dos deuses e da religião. Teve formas muito variadas, dentro de um estilo monumental, fascinante, pela sua personalidade em que o religioso, o mágico e o funerário presidiam qualquer manifestação criativa.
Essa personalidade foi favorecida pela própria configuração geográfica do país, que demorou muito a abrir-se a outras civilizações, e pela grande qualidade de seus arquitetos - que eram reconhecidos - e dos seus artistas, na maioria anônimos e que se concentraram na utilidade e duração da obra de arte. Tinham uma concepção utilitarista e a rígida observação dos preceitos teológicos, motivando a imagem de homogeneidade que se vê em quase todas as criações artísticas.
A arte egípcia divide-se em três grandes fases: Menfita, Tebana e Saíta, que coincidem com os chamados Impérios Antigos, Médio e Novo. E Época Baixa, precedidas por uma formação Tinita e encerrada pela decadência – a greco-romana.
A arte nacional, por excelência foi a arquitetura, enquanto que a escultura, a pintura e as artes industriais foram meras auxiliares.
A arte egípcia era muito sintética no desenho e no